Página inicial > Alta tecnologia promete maior produtividade para a cana
Alta tecnologia promete maior produtividade para a cana
12/08/2013 11:00
Plantio integrado de viveiros reduz doenças e amplia rendimento no campo
por Luciana Franco
Plantio integrado de viveiros visa aumentar a produtividade dos canaviais (Foto: Divulgação/Unica)
Um novo conceito de plantio de cana-de-açúcar começa a chegar ao mercado. Trata-se do plantio integrado de viveiros de cana, que é desenvolvido a partir de mudas sadias e pré-selecionadas que são cultivadas por máquinas de alta tecnologia em solo já corrigido.
“Estamos trabalhando com o conceito de alta tecnologia desde a formação da muda da planta”, diz Fernando Degobbi, assessor da diretoria da Coopercitrus, cooperativa de Bebedouro, que está ofertando o sistema aos seus cooperados. “A idéia é otimizar o potencial de produtividadedos canaviais brasileiros a partir da produção de um viveiro sadio formado por variedades nobres, que posteriormente chegarão ao campo com menos possibilidade de contrair doenças”, diz Cássio da Silva Cardoso Teixeira, gerente de marketing da Divisão de Negócio-Flex da Basf.
Atualmente, a seleção de mudas é feita a partir de uma escolha por parte do produtor que separa as sementes das lavouras mais produtivas e as replica no campo nos anos seguintes. “Desta maneira um hectare de viveiro é replicado em 4 hectares de lavouras, no sistema novo um hectare de viveiro pode ser replicado em 20 hectares de lavouras”, diz Degobbi. As mudas selecionadas são livres de patógenos. ”O raquitismo, por exemplo, que é uma doença comum na cana, não atinge as variedades nobres”, afirma Teixeira.
Além das sementes sadias, que são produzidas pela Basf, o conceito de alta tecnologia na produção de cana envolve também o georreferenciamento da propriedade , a correção do solo, o uso de uma máquina específica para o plantio, também desenvolvida e patenteada pela Basf, e a instalação de um sistema de irrigação por gotejamento, que distribuirá a água de maneira racional na raiz da planta. “Nossa expectativa é de que a adoção do pacote completo desta nova tecnologia possibilite o aumento de até 50% na produtividade das lavouras”, diz Degobbi.
A Coopercitrus está oferecendo aos seus 22 mil cooperados a tecnologia completa e entrega ao produtor interessado as mudas já cultivadas na propriedade, “como o sistema ainda é uma novidade, este ano estamos trabalhando com cotas de, no máximo, 4 hectares por cooperado”, avalia Degobbi. As plantadeiras que serão utilizadas no cultivo das novas variedades – chamadas AgMusa – ainda estão sendo fabricadas e devem chegar ao mercado ao custo de cerca de R$ 180 mil. “Os produtores estão empolgados pois com pacote assim tão inovador, a chance de ampliar a produtividade das lavouras se reverte em melhoria de renda ao fornecedor”, diz Degobbi.