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Brasil cria fundo para investimento agrícola na África
04/07/2012 17:37
Cooperação com Japão e Moçambique contará com recursos de US$ 2 bi para o desenvolvimento rural de 14 milhões de hectares
por Luciana Franco
O projeto visa atrair investimentos que promovam o progresso social, econômico e ambiental de Moçambique a partir do desenvolvimento do agronegócio e da produção de alimentos
A FGV Projetos lança nesta quarta-feira (04/06) em Brasília, o Fundo Nacala, um acordo de cooperação trilateral entreBrasil, Japão e Moçambique que conta com investimentos iniciais de US$ 2 bilhões. Os recursos serão aplicados nodesenvolvimento agrícola de uma área de 14 milhões de hectares e na implantação de infraestrutura para o escoamento da produção agrícola.
O projeto é uma iniciativa inédita promovida pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), FGV, Japan Internacional Cooperation Agency (JICA), Embrapa, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Moçambique, Ministério de Agricultura da República de Moçambique (MINAG) e 4I. Green e visa atrair investimentos que promovam o progresso social, ambiental e econômico de Moçambique a partir do desenvolvimento do agronegócio e da produção de alimentos na região e de toda a cadeia produtiva envolvida neste processo.
Entre as culturas que serão introduzidas na região, destacam-se soja, milho, arroz, feijão, amendoim, girassol, e produção de proteína animal. “O zoneamento agrícola conta com 14 culturas. A iniciativa foi inspirada no Programa Prodecer implantado no Brasil na década de 1970 para desenvolver a região do Cerrado, uma vez que a essa região de Moçambique conta com a mesma latitude do Cerrado brasileiro ”, diz Cleber Guarany, coordenador de projetos da FGV.
O executivo destaca como ponto forte do projeto a proximidade desta área com os mercados Asiáticos, do Oriente Médio e Europeu. “Trata-se de uma região que responde por 53% da população mundial e que tem grande demanda por alimentos”, avalia. “Nosso objetivo é fomentar a transferência tecnologia, criar geração de riqueza e incluir os cidadãos moçambicanos no projeto”, diz Guarany.