
Brasil destina mais de 13 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos
23/05/2013 10:42
Com resultado dos últimos quatro meses, sistema Campo Limpo cumpre meta de retirar 250 mil t de embalagens do campo e é exemplo para outros setores
Não é só na produção de alimentos que o Brasil se destaca, mas também na logística reversa das embalagens de defensivos agrícolas, ou agrotóxicos. O País, que já apresentava um índice melhor que os demais países na destinação ambientalmente correta dessas embalagens (94%, contra menos de 30% nos EUA, e cerca de 60% no Canadá, França e Alemanha) destinou 13.431 toneladas de janeiro a abril, em um crescimento de 6% em relação a igual período de 2012.
De acordo com os dados do inpEV – Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, responsável pelo gerenciamento desse sistema, chamado de Campo Limpo, os estados que mais encaminharam embalagens para a destinação final foram: Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul, que juntos correspondem a 70% do total retirado do campo no Brasil. Rondônia, Rio Grande do Norte e Piauí obtiveram os maiores crescimentos percentuais.
O Sistema Campo Limpo foi criado há onze anos é formado por agricultores, fabricantes, representados pelo inpEV, e canais de distribuição, além de contar com o apoio do poder público. João Cesar Rando, presidente do inpEV, atribui o sucesso do sistema especialmente à construção da lei que o rege (Lei Federal nº 9.974/2000 e Decreto Federal nº 4.074/2002), que prevê a responsabilidade compartilhada entre seus diversos elos: indústria, revendas, agricultores e poder público. Com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o instituto tem compartilhado sua experiência com outros setores da sociedade.
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