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Brasil e Argentina marcam reunião para discutir comércio bilateral
30/05/2012 17:59
Restrição de importação dos argentinos à carne suína brasileira deve ser negociada no dia 6 de junho
por Por Agência Estado
Na semana passada, houve o anúncio oficial da reabertura do mercado argentino para a carne suína brasileira, mas os negócios entre os países não evoluíram como esperado
Os governos do Brasil e da Argentina voltarão a se reunir no dia 6 de junho, em Buenos Aires. As exportações brasileiras para a Argentina tiveram uma queda de 23% em abril e a reunião é uma tentativa de destravar o comércio bilateral entre os países. Os negociadores brasileiros temem novas resistências da Argentina para retirar barreiras às exportações.
O Brasil recebeu informações de que o secretário de Comércio Interior argentino, Guillermo Moreno, determinou que a abertura do mercado do país para a carne suína brasileira seja a conta-gotas até o dia da reunião. A Argentina ainda espera usar a abertura total do mercadopara o produto como barganha na próxima reunião. Essa postura colocou os negociadores brasileiros na defensiva. Para o Brasil, as restrições à carne suína já deveriam ter acabado.
Em retaliação às barreiras argentinas aos produtos brasileiros, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) vem atrasando a entrada de produtos argentinos no Brasil. Cerca de 40% das importações feitas pelo Brasil da Argentina estão em licenciamento não automático, o que significa que o MDIC pode levar até 60 dias para liberar a entrada dos produtos no Brasil.
O impasse da carne suína
Na semana passada, houve o anúncio oficial da reabertura do mercado argentino para a carne suína brasileira, mas os negócios entre os dois países não evoluíram como esperado, segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
O secretário de Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, fez dois acordos para regular o mercado de carne suína: um interno, outro com o governo do Brasil. No primeiro, o setor privado argentino se comprometeu a reduzir suas compras do Brasil em 20%, o que abriria espaço para a importação média mensal de 2,8 mil toneladas de carne e toucinho. Por esse acordo, fica proibida a importação de qualquer produto terminado (frios e embutidos).
O segundo acordo foi do próprio Moreno com o governo brasileiro, durante visita recente, ocasião em que afirmou que reabriria o mercado de suínos como "gesto de boa vontade", sem limites de cotas em relação aos volumes comercializados ou tipos de produtos derivados de suínos.