Cachaça de Salinas e algodão da Paraíba são reconhecidas com certificação de origem

20/07/2012 17:17

 

Condição foi deferida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial e garante origem e qualidade dos produtos

por Globo Rural On-line

 

Editora Globo
Cachaça de Salinas (MG) mantém sistema de produção artesal para fabricação da bebida

Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) deferiu, na dia 17 de julho, dois pedidos de Indicação Geográfica. O primeiro se refere ao nome Salinas como indicação de procedência para aguardente de cana, do tipo cachaça. O segundo indica Paraíba para produtos têxteisconfeccionados em algodão colorido. A certificação garante a origem e a qualidade dos produtos vendidos com determinado nome. Com isso, agrega-se valor para o empresário e segurança para o consumidor. 

A cidade de Salinas (MG) é a segunda região brasileira reconhecida oficialmente pelo INPI como indicação de procedência para produção de cachaça – depois de Paraty(RJ). A área também engloba outros municípios do norte deMinas Gerais, como Novorizonte e parte de Taiobeiras,RubelitaSanta Cruz de Salinas e Fruta de Leite. De acordo com a associação de produtores da região, todas as etapas do modo artesanal são seguidas na fabricação dabebida. A restrição às mudanças tecnológicas impõe uma lógica de produção peculiar à cachaça. 

Já o reconhecimento do nome Paraíba como produtor de algodão se justifica pelo diferencial tecnológico. Devido às pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Algodão, a Paraíba – que registrara uma queda na produção nos anos 80 – retomou seu plantio com uma novidade: o algodão passou a ser naturalmente colorido, resultado de um trabalho demelhoramento genético das variedades coloridas, que começou em 1989. 

Foram estudadas 35 novas linhagens de algodão nos municípios de Patos e Monteiro, na Paraíba. Como resultado,Campina Grande (PB) e regiões vizinhas são hoje grandes centros de produção algodoeiro reconhecidos em todo o País. A cooperativa de 31 associados transforma as plumas de algodão colorido em peças de vestuário e para casa. Com as sobras de tecidos, são feitos bonecos e bichinhos de pano para crianças. A cooperativa já exporta para aEuropa brinquedos e almofadas produzidas com o algodão naturalmente colorido.

 

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