Conselheiros apresentam recomendações sobre investimentos para sustentar trajetória de desenvolvimento

19/03/2013 19:32

 

Os investimentos necessários para aceleração do desenvolvimento foram pauta da 40ª Reunião Plenária do CDES, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), no dia 27 de fevereiro. Durante o evento, os conselheiros Jacy Afonso de Melo (CUT), Luiz Aubert Neto (ABIMAQ) e Germano Rigotto (Instituto Reformar) entregaram à presidenta Dilma Rousseff parecer que resume o debate de conselheiros e convidados, desde 2012, sobre o desenvolvimento brasileiro e a conjuntura internacional.

Assessoria da Sedes

 

28/02/2013

 

 

*Fotos: Antonio Cruz/ABr e Saulo Cruz*Fotos: Antonio Cruz/ABr e Saulo Cruz

Nesse documento, os conselheiros manifestaram apoio ao modelo de desenvolvimento em curso no Brasil, articulando crescimento econômico, distribuição de renda e inclusão social e incorporando a variável da sustentabilidade ambiental. 

Em sua apresentação, o conselheiro Jacy Afonso de Melo (secretário de Organização e Política Sindical da CUT) destacou o crescimento do emprego; a redução das desigualdades; o crescimento da renda e massa salarial; e a erradicação da pobreza extrema como resultados consistentes que apontam o sucesso desse modelo de desenvolvimento.

Segundo o conselheiro Jacy Afonso de Melo, é importante estimular o setor industrial e insistir na garantia de contrapartidas sociais dos empreendimentos estimulados por desonerações, por investimentos públicos e políticas de conteúdo nacional e compras governamentais. Enfatizou, também, a necessidade de ampliar o compromisso do setor privado com a inovação, a qualificação profissional e com a melhoria das condições de trabalho.

"Medidas estratégicas que incluam o mundo do trabalho no ciclo de desenvolvimento precisam ter um olho no presente e outro no futuro, garantindo dessa forma trabalho decente e qualificado para os brasileiros em diferentes ciclos intergeracionais – rompendo com a armadilha da reprodução da pobreza", Jacy Afonso de Melo

O  conselheiro Luiz Aubert Neto,  presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), elogiou a redução da taxa básica de juros e o enfrentamento aos altos juros cobrados na economia real, com ações incisivas dos bancos públicos. Segundo Aubert, os esforços do Governo Federal não pararam por aí, foram adotadas medidas para fortalecer o setor produtivo e diminuir a perda de competitividade, como a desoneração do IPI, o combate à guerra fiscal dos portos e o Plano de Investimentos em Infraestrutura, entre outras.

Apesar das medidas adotadas, entretanto,  Aubert frisou a necessidade de programar ações continuadas rumo à competitividade do Brasil. Como problemas, enumerou o custo Brasil; a defesa comercial e o ambiente de negócio; a alta carga tributária; as taxas de investimento; e a guerra cambial.  Reforma tributária, eliminação de impostos na cadeia produtiva e redução do custo do dinheiro na economia real foram algumas medidas defendidas pelo conselheiro. 

“Sem dúvida, é necessário um esforço coordenado dos setores público e privado  - aqui representados neste Conselho por empresários, trabalhadores, acadêmicos, ONG e Governo – na construção das mudanças estruturais comprometidas com um novo modelo de desenvolvimento”, Luiz Aubert 

Esse novo modelo de desenvolvimento não só gera resultados positivos como também gera novas demandas e exigências típicas para uma sociedade mais justa, concordou  o conselheiro Germano Rigotto (presidente do Instituto Reformar). Para o CDES, explicou, é preciso que a indústria esteja no compasso necessário para preencher os requisitos desse modelo, de forma a atender o mercado interno e competir com qualidade no  mercado internacional, contribuindo para sustentação em longo prazo.

  “Sustentar o crescimento econômico nos próximos anos, aumentando a taxa de investimentos para cerca de 25% do PIB e expandindo a base industrial, é desafio premente a ser enfrentado em conjunto pelo setor público e privado”, Germano Rigotto

O Governo Federal deve prosseguir no caminho de investimento conjunto, público e privado, para resolver “gargalos” brasileiros e garantir investimentos em volumes adequados para o processo de desenvolvimento brasileiro. Germano Rigotto defendeu uma “intervenção forte” do Governo para coibir o câmbio flutuante e ter uma moeda competitiva. 

O conselheiro Germano Rigotto ressaltou também a importância de assegurar contrapartidas sociais aos investimentos públicos, garantir marcos regulatórios mais estáveis, ágeis e simplificados; e de ampliar os investimentos em ciência, tecnologia e inovação.

Agenda

O parecer “Desenvolvimento Econômico e Conjuntura Internacional – Contribuições do CDES” é resultado do compromisso de acompanhamento da conjuntura econômica, estabelecido na 39ª Reunião Plenária do CDES. 

Para dar continuidade à observação e acompanhar a evolução de indicadores que revelem riscos, fragilidades e oportunidades, o Conselho vai promover um fórum de debates, entre março e novembro de 2013, centrado em quatro temas estabelecidos pelos conselheiros: indústria nacional; política monetária e fiscal; políticas assertivas para a competitividade e o crescimento; e coordenação federativa.

Fonte: CDES

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