
Crédito com juro baixo deve crescer 15% em 2013/14
04/06/2013 14:44
Governo anuncia o Plano Agrícola e Pecuário com orçamento reforçado à agropecuária comercial
O governo federal deve divulgar hoje, em Brasília, os termos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2013/14, o Plano Safra. Após três meses de planejamento, em que foram avaliadas cerca de 400 propostas de alterações, parte das demandas do setor deve ser atendida. O orçamento da agricultura empresarial deve passar de R$ 135 bilhões e, somado aos R$ 20 bilhões esperados pela agricultura familiar (a ser divulgado separadamente, ainda nesta semana), os recursos passarão de R$ 150 bilhões, apurou a reportagem. Isso representa reajuste próximo de 15% nos financiamentos de custeio, comercialização e investimento, uma aposta no crescimento contínuo na produção rural.
Na época, os R$ 133,2 bilhões foram disponibilizados com base em uma expectativa de safra na ordem de 170 milhões de toneladas. Agora o ponto de partida é uma safra próxima a 185 milhões de toneladas, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informa que a expectativa de produção e a variação nos custos de produção são as principais referências para dimensionar o Plano.
Necessidade é maior que oferta
A oferta de financiamentos a juros subsidiados cresce menos que a necessidade dos agropecuários, conforme o setor produtivo. O agronegócio apresentou à Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura pedido de R$ 175 bilhões em recursos, pelo menos R$ 20 bilhões a mais que o valor a ser anunciado hoje.
Pedro Loyola, da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), diz que além de cobrir a alta nos custos de produção, o pedido de aumento no recurso disponível visa estender o benefício do juro padrão aos grandes produtores, que pagam juros acima de 12% ao ano aos bancos. O setor também solicita um aumento no tempo de vigência do Plano Agrícola e Pecuário para pelo menos 18 meses, fato que deve ser consolidado no próximo ciclo.
O aumento no volume de recursos disponíveis foi prometido no começo de fevereiro, no Show Rural Coopavel, em Cascavel, pela presidente Dilma Rousseff. O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, vem falando em mudanças com ênfase em crédito, seguro, irrigação e armazenagem. Uma nova linha será apresentada e vai destinar R$ 5 bilhões para investimentos em armazéns, com taxa de juros de 3,5% ao ano e 15 anos para pagamento.
No Paraná a avaliação do setor ainda é comedida, mas essa estratégia é aprovada. Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), salienta que sem o incentivo governamental os investimentos em armazéns são inviáveis. "Nosso pleito era de redução nos juros e aumento no prazo porque a armazenagem é uma atividade de pouca rentabilidade, que não se paga individualmente."
Outra demanda do agronegócio é a redução na taxa de juro padrão do plano. Em 2012/13, o índice caiu de 6,75% para 5,5%. Porém, nesta edição, não deve haver nova alteração. A única mudança admitida é a da taxa do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que deve cair de 5% para 4,5% ao ano.
O economista Pedro Loyola, da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), considera que essa redução será favorável à boa parte dos agricultores do Paraná. "Para o Estado é muito benéfico, pois há um grande contingente de médios produtores no Paraná." Ele estima que pelo menos um quarto dos contratos de financiamento firmados no Estado adotam essa modalidade. Outras alterações confirmadas vão contemplar a assistência técnica e o seguro rural. Andrade confirmou a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), que havia sido proposta no lançamento do PAP anterior. "Esperamos que para o pequeno e médio produtor não haja custo", pondera Turra. Já para o seguro, o montante disponível deve passar dos atuais R$ 318 milhões para R$ 400 milhões. Para os próximos três anos o plano é chegar a R$ 800 milhões, dobrando a área segurada no País.
O governo federal deve divulgar hoje, em Brasília, os termos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2013/14, o Plano Safra. Após três meses de planejamento, em que foram avaliadas cerca de 400 propostas de alterações, parte das demandas do setor deve ser atendida. O orçamento da agricultura empresarial deve passar de R$ 135 bilhões e, somado aos R$ 20 bilhões esperados pela agricultura familiar (a ser divulgado separadamente, ainda nesta semana), os recursos passarão de R$ 150 bilhões, apurou a reportagem. Isso representa reajuste próximo de 15% nos financiamentos de custeio, comercialização e investimento, uma aposta no crescimento contínuo na produção rural.
Na época, os R$ 133,2 bilhões foram disponibilizados com base em uma expectativa de safra na ordem de 170 milhões de toneladas. Agora o ponto de partida é uma safra próxima a 185 milhões de toneladas, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informa que a expectativa de produção e a variação nos custos de produção são as principais referências para dimensionar o Plano.
Necessidade é maior que oferta
A oferta de financiamentos a juros subsidiados cresce menos que a necessidade dos agropecuários, conforme o setor produtivo. O agronegócio apresentou à Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura pedido de R$ 175 bilhões em recursos, pelo menos R$ 20 bilhões a mais que o valor a ser anunciado hoje.
Pedro Loyola, da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), diz que além de cobrir a alta nos custos de produção, o pedido de aumento no recurso disponível visa estender o benefício do juro padrão aos grandes produtores, que pagam juros acima de 12% ao ano aos bancos. O setor também solicita um aumento no tempo de vigência do Plano Agrícola e Pecuário para pelo menos 18 meses, fato que deve ser consolidado no próximo ciclo.
O aumento no volume de recursos disponíveis foi prometido no começo de fevereiro, no Show Rural Coopavel, em Cascavel, pela presidente Dilma Rousseff. O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, vem falando em mudanças com ênfase em crédito, seguro, irrigação e armazenagem. Uma nova linha será apresentada e vai destinar R$ 5 bilhões para investimentos em armazéns, com taxa de juros de 3,5% ao ano e 15 anos para pagamento.
No Paraná a avaliação do setor ainda é comedida, mas essa estratégia é aprovada. Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), salienta que sem o incentivo governamental os investimentos em armazéns são inviáveis. "Nosso pleito era de redução nos juros e aumento no prazo porque a armazenagem é uma atividade de pouca rentabilidade, que não se paga individualmente."
Outra demanda do agronegócio é a redução na taxa de juro padrão do plano. Em 2012/13, o índice caiu de 6,75% para 5,5%. Porém, nesta edição, não deve haver nova alteração. A única mudança admitida é a da taxa do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que deve cair de 5% para 4,5% ao ano.
O economista Pedro Loyola, da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), considera que essa redução será favorável à boa parte dos agricultores do Paraná. "Para o Estado é muito benéfico, pois há um grande contingente de médios produtores no Paraná." Ele estima que pelo menos um quarto dos contratos de financiamento firmados no Estado adotam essa modalidade. Outras alterações confirmadas vão contemplar a assistência técnica e o seguro rural. Andrade confirmou a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), que havia sido proposta no lançamento do PAP anterior. "Esperamos que para o pequeno e médio produtor não haja custo", pondera Turra. Já para o seguro, o montante disponível deve passar dos atuais R$ 318 milhões para R$ 400 milhões. Para os próximos três anos o plano é chegar a R$ 800 milhões, dobrando a área segurada no País.
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