
Cultivo de soja na Rússia começa a mostrar resultados
12/12/2012 20:23
Commodity russa tem preços competitivos no mercado internacional. Rússia europeia e Extremo Oriente são principais produtores
A soja chegou bastante tarde à Rússia, mas seu cultivo deslanchou rapidamente. Nos últimos anos, os negócios ligados à plantação de soja cresceram no país, assim como as oportunidades para os investidores. Segundo o Comitê Interagencial de Projeções Agrícolas, a demanda pelos grãos russos deve crescer mais de 20% na próxima década e acabará superando as vendas de trigo.
Embora atualmente os consumidores russos vejam a soja como um substituto barato para a proteína animal, leite, queijo e carne feitos à base do grão são elementos básicos da culinária em muitos países asiáticos. Ainda assim, de 80% a 85% da soja processada na indústria de alimentos é usada na ração animal.
Embora atualmente os consumidores russos vejam a soja como um substituto barato para a proteína animal, leite, queijo e carne feitos à base do grão são elementos básicos da culinária em muitos países asiáticos. Ainda assim, de 80% a 85% da soja processada na indústria de alimentos é usada na ração animal.

Demanda e cultivo
“A rentabilidade do cultivo de soja na Rússia depende muito do preço nos mercados internacionais, mas ela é normalmente mais cara que outros grãos ou oleaginosas. Em 2011 e 2012, a margem de lucro do cultivo de soja no Distrito Federal Central [localizado na porção europeia da Rússia] foi 30% maior que a de girassol”, afirma Irina Kugutchina, pesquisadora do Instituto para Estudos de Mercado Agrícola. O cultivo da soja cresce aceleradamente desde 2004, e até 2011 o volume da colheita havia triplicado no país.

Mas, com a construção de uma fábrica de extração de óleo no enclave russo de Kaliningrado, próxima a um porto no Mar Báltico, a transnacional Sodrugestvo ganhou uma grande vantagem logística em relação a outras empresas russas. A fábrica tem capacidade de processamento de até 1 milhão de toneladas de grãos anualmente, e atende a cerca de 75% da demanda do mercado na Rússia europeia.
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