Farinha de milho fortificada previne a anemia

08/11/2012 17:36

Estudo mostra que o consumo do produto combate a falta de ferro no organismo

 

 

Redação Sou Agro

O consumo de fubá e outras farinhas de milho, fortificados com ferro, é um eficiente recurso para a prevenção da anemia. Esta é a conclusão de um trabalho conduzido pelo grupo da pesquisadora Lucia Miglioranza, professora do Departamento de Tecnologia de Alimentos e Medicamentos da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

“O consumo de farinhas de milho enriquecidas com ferro e vitamina B-9 (ácido fólico) obteve resposta eficiente para combater a incidência de anemia na população estudada, por se tratar de produto de fácil preparo e incorporado ao hábito de consumo do brasileiro”, diz a professora.

O trabalho da pesquisadora, que contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Londrina, da Universidade Estadual de Londrina, do Departamento de Nutrição da UNIFIL, e da Nutrimilho, foi realizado com crianças da região de Londrina (PR).

 

O consumo de farinhas de milho enriquecidas com ferro e ácido fólico reduziu o índice de crianças que sofriam de anemia de 31% para 8,1%. A anemia ferropriva é a carência nutricional mais comum no mundo. Calcula-se que cerca de 2 bilhões de pessoas (30% da população mundial) apresentem anemia.

A doença é caracterizada pela falta de ferro no organismo. É reconhecida também como fator responsável por atraso no desenvolvimento mental de crianças e fadiga em adultos. O enriquecimento das farinhas de milho é uma determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que preconiza a medida como forma mais prática e eficiente para a prevenção de distúrbios nutricionais.

Além do ferro, que previne a anemia, as farinhas de milho são enriquecidas com ácido fólico, cujo consumo previne a mielomeningocele, também conhecida como espinha bífida, doença que acomete um em cada mil recém-nascidos.

Por esse motivo, o consumo de farinhas de milho por pré-gestantes é recomendado por entidades como a Associação de Assistência à Criança Defeituosa (AACD), que realiza mais de cinco mil atendimentos por dia, dentre os quais pacientes acometidos pela anomalia mielomeningocele.

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