Matérias-primas são o desafio da produção de biocombustíveis de aviação

18/09/2012 14:51

 

Nenhuma das culturas que poderiam ser usadas na produção de combustíveis consegue suprir a demanda do setor

por Globo Rural On-line
 Shutterstock
Compromisso do setor aéreo é reduzir pela metade o volume de carbono emitido pelas aeronaves até 2050

A falta de matérias-primas no mercado para atender à demanda do setor aéreo por uma fonte de energia maissustentável foi discutida durante o Simpósio Nacional de Biocombustíveis de Aviação, evento que aconteceu nos dias 14 e 15/9 em Brasília. Durante o encontro, especialistas apontaram produtos que poderiam ser usados na fabricação de combustíveis para aeronaves, como sojacana-de-açúcarpinhão-mansomacaúba e babaçu. No entanto, nenhuma delas pode suprir a demanda do setor, ao menos por enquanto. 

O interesse em biocombustíveis vem do compromisso assumido pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) em reduzir pela metade o volume de carbono emitido pelas aeronaves até 2050. De acordo com Ricardo Borges Gomide, coordenador-geral de desenvolvimento da produção e do mercado de combustíveis do Ministério das Minas e Energia (MME), a soja é única cultura com tecnologia "suficiente para pensar em atender à demanda". Mas para isso, teria de deixar de enviar para o exterior metade do que exporta hoje. 

De acordo com a Embrapa, já há pesquisas com relação a produção de biocombustíveis de sementes de pinhão-manso, macaúba e babaçu. O problema é que os estudos levam tempo. "O processo de desenvolvimento na agricultura é mais lento", afirma João Abreu, coordenador-geral de agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)

Para Manoel Teixeira, chefe-geral da Embrapa Agroenergia, investimentos são fundamentais para mudar esse panorama. "É fundamental ter tecnologias para o aumento da produção das culturas atualmente disponíveis e de outras que estão surgindo", declara. 

 

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