Proibição de refrigerantes gigantes em Nova York entra em vigor na 3ª feira

11/03/2013 19:45

 

Com a medida, o prefeito da cidade quer combater a obesidade da população

por Agência EFE
 Shutterstock
Restaurantes, redes de fast-food, carrinhos de rua, estádios, casas de shows, mercearias e as populares "adegas" são os estabelecimentos que serão afetados pela nova legislação (Foto: Shutterstock)

Os refrigerantes de tamanho grande estão proibidos a partir de terça-feira (11/3) na cidade de Nova York, uma medida polêmica e pioneira com a qual o prefeito Michael Bloomberg pretende combater a obesidade da população. 

A proibição afetará as bebidas com altos níveis de açúcar e de mais de 16 onças (0,464 litros) nos comércios regulados pelo Departamento de Saúde de Nova York. 

Restaurantes, redes de fast-food, carrinhos de rua, estádios, casas de shows, mercearias e as populares "adegas" são os estabelecimentos que serão afetados pela nova legislação, que englobará refrigerantes, limonadaschá gelado e bebidas energéticas

No entanto, os nova-iorquinos e os turistas que queiram adquirir as bebidas em tamanho grande poderão fazer isso nos supermercados e grandes redes, que ficaram isentos da regulação por conta de uma legislação estadual. 

Esse veto às embalagens grandes de refrigerantes, o primeiro nos EUA, envolveu muita polêmica e já são muitos os que chamam o prefeito de "babá Bloomberg" por suas pioneiras e controversas medidas para melhorar a saúde dos nova-iorquinos. 

Desde setembro, quando a Junta de Saúde da cidade votou a favor da legislação, os pequenos comerciantes se manifestaram em várias ocasiões contra a medida e criaram mal-estar ao considerarem que isso prejudicará os pequenos comércios frente às grandes redes. 

Esses comerciantes consideram que a normativa os discrimina porque enquanto as redes como a "7-eleven" poderão seguir vendendo as bebidas de grande tamanho (como o famoso "Big Gulp"), os estalebecimentos pequenos, como as adegas, administrados na maioria das vezes por pessoas humildes, não poderão comercializar. 

A medida também não foi bem recebida pelos consumidores que criticaram o plano de Bloomberg, e inclusive o Centro para a Liberdade do Consumidor lançou recentemente uma campanha sob o lema "Os nova-iorquinos necessitam de um prefeito, não de uma babá". 

Apesar das críticas, o prefeito se manteve fiel à luta contra o sobrepeso, alegando que aproximadamente 6 mil nova-iorquinos morrem por ano por causa de problemas derivados da obesidade, a segunda maior causa de mortalidade que pode ser prevenida, apenas atrás do tabaco. 

Bloomberg também obrigou a incluir o número de calorias dos alimentos ao lado do preço e impulsionou medidas para reduzir o conteúdo de sal nos alimentos embalados e em produtos servidos nos restaurantes.

 

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