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Seleon deve industrializar 2 milhões de doses de sêmen bovino ao ano
18/06/2013 19:39
Empresa chega ao mercado para prestação de serviços em reprodução animal de corte e leite
por Globo Rural On-line
Seleon Biotecnologia entra no mercado com objetivo de melhorar a qualidade do rebanho bovino brasileiro de corte e leite
Divulgada oficialmente nesta terça-feira (18/6), em coletiva de imprensa, a Seleon Biotecnologia já nasce com a ambiciosa meta de alcançar a liderança no mercado brasileiro por meio da prestação de serviços em reprodução de bovinos de corte e leite. A empresa pretende industrializar cerca de dois milhões de doses de sêmen bovino por ano. Ao todo, serão investidos aproximadamente R$ 20 milhões, dos quais a maior parte será destinada às instalações e equipamentos que ficarão na área de Itatinga (SP).
Com altitude de 900 metros e temperatura média de 19,2 graus, o clima ameno e seco, o local tem as condições favoráveis para trazer conforto térmico touros de todas as raças e permitir a coleta de sêmen de qualidade nos 12 meses do ano.
"Nosso posicionamento é de prestador de serviço, de sermos um veículo da biotecnologia em reprodução animal. Temos mais de 90% do mercado de bovinos a ser trabalhado (tendo em vista que apenas 10% do setor usa a biotecnologia na produção de bovinos de corte e de leite)", disse o diretor-presidente da Seleon Tecnologia, Bruno Grubisich. A previsão da companhia é de que a prodição de carne bovina salte dos atuais 9,5 milhões de toneladas anuais para 11 milhões de toneladas ao ano em 2020, boa parte graças ao melhoramento genético.
Segundo ele, a Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) é um segmento crescente, mas ainda existe uma lacuna de informação. Por isso, o principal objetivo da empresa é produzir embriões em larga escala para "democratizar a genética de alto desempenho no rebanho brasileiro".
Grubisich afirmou que a Seleon não vai produzir sêmen de uma raça específica e que não chega a disputar o mercado de comercialização de sêmen com players como a Alta Genetics e a CRV Lagoa. "Inclusive, podemos até trabalhar em parceria. Eles podem vir a ser nossos clientes. A ideia é sermos multiplicadores de genética de alta qualidade e darmos escala a produção de embriões", ressaltou.