SNA vai mapear cadeia brasileira de orgânicos com a meta de fortalecer o setor

19/06/2012 18:38

 

Mapeamento será feito pelo Centro de Inteligência, criado pela entidade em parceria com o Sebrae

por Luciana Franco Globo Rural
Guilherme Pupo
O estudo vai levantar informações sobre as culturas mais comuns de orgânicos no Brasil, manejo nas propriedades, compra de insumos e pontos de vendas

Rio de Janeiro -- A Sociedade Nacional da Agricultura (SNA), em parceria com o Sebrae, está criando um Centro de Inteligência de Orgânicos (CI), que nasce com a finalidade de fortalecer e expandir o segmento no Brasil. O objetivo do centro é coletar dados sobre a produção de orgânicos, detectar as possíveis fragilidades da cadeia e propor soluções. "Queremos divulgar as boas práticas e o promover o conhecimento de inteligência para o mercado", disse Sylvia Wachsner, coordenadora do Centro de Inteligência, na Conferencia Green Rio, evento que acontece no Centro de Convenções da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, durante a Rio+20

A ideia é mapear a atividade em todo o território nacional, "mas não queremos atuar como um instituto de estatística e sim como um centro de referencia", avalia Sylvia. O projeto piloto já foi implantado no Rio de Janeiro, que contou com a participação de 106 agricultores, e será no segundo semestre deste ano expandido para o Paraná

O levantamento, que visa descobrir quais culturas são mais comuns, como é feito o manejo de uma propriedade orgânica, onde é feita a compra de insumos, como os agricultores vendem sua produção, entre outras questões, será disponibilizado nos sites www.ciorganicos.com.br e www.organicosnet.com.br a fim de desenvolver referências que sirvam tanto para os produtores como para os consumidores. 

No piloto instalado no Rio de Janeiro foi possível detectar que o Brasil não tem oferta de sementes de orgânicos - as compras são feitas em agropecuárias convencionais -- e que poucos produtores fazem análise do solo - o que é fundamental para a agricultura orgânica. "Promovemos cursos de capacitação e criamos uma rede de interação, que denominamos de Desenvolvimento Rural Participativo (DRP), onde os agricultores trocam experiências", diz Sylvia. A estimativa é que o mapeamento nacional dure três anos.

 

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